Se você acredita que na atmosfera musical Islandesa só há Björk e, na última década, Sigur Rós. Você está enganado. Há um DJ chamado Thorhallus. Integrante único do Lo-Fi e dono do selo Thule.
Com alguns convidados e um ótimo vocal feminino (infelizmente não encontrei o nome da vocalista na internet), o Lo-Fi lançou somente um disco. Contudo é um disco altamente recomendado e, infelizmente, difícil de se encontrar.
Em seus quarenta e sete minutos (mais ou menos) de duração, “Nano” nos conquista com uma ótima fusão da música eletrônica com outros estilos. Um trip-hop bem ao estilo Portishead de ser. Definido muito bem por Fábio Massari como “Portishead submarino”(MASSARI, Fabio. Rumo à Estação Islândia. São Paulo: Conrad, 2001, p. 209).
Por um lado o álbum tem seu ponto fraco na falta de linearidade; há tanta riqueza de influências e faixas diferentes que acaba pecando quando se fala em um disco linear. Por outro lado, a criatividade e uma ótima utilização de sons que lembram a música indiana e áraba na faixa “1000 year from now”, dão uma riqueza única ao disco.
Além da faixa acima citada, outro grande destaque é a música “Velvet”. Música composta por uma guitarra blues-rock com piatadas de jazz. Ótimo solo. Vibrante!
Em “Death of a nano”, Thor nos mostra um som recheado de sintetizadores, bem arraigado nos primórdios da música eletrônica. Voltamos à década de 1970 e suas experiências com sintetizadores e sons ambient.
O álbum (e a curta vida do Lo-Fi) encerra com a faixa “Remains”. Ótimo trip-hop com ambient.
Após o lançamento de “Nano”, a banda muda de nome. Se chamaria Nano. Mais uma vez minhas pesquisas não geraram frutos. Não pude, portanto, ouvir, nem conhecer a banda Nano.
Obs: Se algum leitor quiser acrescentar informações, sinta-se em casa.