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Wild Beasts – Two Dancers

     

     “Uma das minhas favoritas”. Eu devo usar esse termo pra no mínimo vinte bandas. O mesmo para discos. Mas, sem dúvida, esta que resolvi escrever é especial. Trata-se da Wild Beasts, vinda da cidade de Kendal, lá não sei aonde da Inglaterra. Já o disco escolhido é o Two Dancers, lançado em 2009 e integrante também da minha extensa lista de favoritos.
Antes de falar do disco, contarei um pouco da história da banda, já que muitos não devem estar muito familiarizados com ela. Foi fundada em 2002 por Hayden Thorpe (vocal) e Ben Little (guitarra). Na época se chamava Fauve (que nos lembra aquele movimento artístico o ‘fauvismo’). O recém-formado duo já trabalha em canções próprias até entrada do baterista Chris Talbot, quando houve uma mudança de nome e passaram a se chamar Wild Beasts (que nada mais é que a tradução de Fauve). No ano de 2004 lançaram seu primeiro EP homônimo. A entrada do quarto membro, o também vocalista Tom Fleming, aconteceu em 2005, quando a banda se mudou para Leeds.

     A principal característica deles é a voz do Hayden Thorpe, um falseto lindíssimo, aliada ao som meio dream pop. Isso é facilmente notado desde o primeiro álbum, e ganha maior intensidade nos dois seguintes. Apesar de linda, a voz do Hayden não fica sozinha. Muitas vezes é acompanhada pelo Tom, que não fiz muito atrás do primeiro, sendo também muito talentoso.
     Two Dancers, como já citei, foi lançado em 2009. Esteve presente em diversos prêmios e listas de melhores discos do ano, inclusive entrando na nova edição de 1001 discos para ouvir antes de morrer. É curto, apenas 37min. Possui  10 músicas. Destas, acho que a minha favorita é All The King’s Men. A única a fugir do som dream pop, e ainda apresentar características próximas do primeiro disco. E não é a única curiosidade acerca dessa faixa. O que nos chama atenção também é o fato de Tom Fleming cantá-la com gritos em falseto, principal marca do seu companheiro de banda. Porém não vou dizer que este é o ponto alto de Two Dancers. Considero-o bem nivelado até a sexta canção. As duas primeiras: The Fun Powder Plot e Hooting and Howling são lindas. A primeira tem uma letra meio bizarra em certas partes (outra particularidade deles), com palavras que nunca vi, mas que soam muito bem. Em seguida vem a supracitada All The King’s Men, depois When I’m Sleepy, e então We Still Got The Taste Dancin’ On Our Tongues. Esta vale ser ouvida com maior atenção. O ritmo é interessante, dançante. Sempre me pego dançando e cantando o refrão.                                             

   “Why should we feel bad for what we’ve done?

   We still got the taste dancin’ on our tongues.

   Love the smash and grab of our goings on.

   We still got the taste dancin’ on our tongues.”

     Tom Fleming volta mais uma vez em Two Dancers (I) e (II). Apesar de Thorpe parecer mais o band leader, e ter maior presença nos vocais, Fleming nunca fica à sua sombra e após outras duas faixas de Hayden,  encerra o disco com a encantadora The Empty Nest.
Em seu segundo disco , o Wild Beasts consegue melhorar bastante em relação ao Limbo, Panto nos apresentando um trabalho incrivelmente apaixonante, principalmente pelo talento de seus dois vocalistas.

PS: Como de praxe, no dia 24 ou 25 eles vieram ao Brasil, eu nem sabia, e tocaram apenas em São Paulo.

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