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Él mató a un policía motorizado

Eu não sei vocês mas esse poster é genial

Não só de tango, cumbia e catimba vive a Argentina , – tudo bem, posso estar sendo um pouco ignorante nesse inicio de texto, mas minha intenção é das melhores-, há também  Julio Cortázar e seu Jogo de Amarelinha, Juan José Campanella e O Segredo de seus olhos, Lionel Messi e seus golaços… Mas além disso, temos o rock alternativo. A Argentina é, assim como na literatura, cinema e futebol, um grande nome na cena musical independente da América do Sul. Muitas bandas de qualidade surgem lá. E, apesar de conhecer pouca coisa, fico cada vez mais entusiasmado com o que encontro.

Estou longe de ser um especialista no assunto, muito mesmo, mas minha curiosidade em relação a música sempre foi enorme. Portanto resolvi procurar pelo Google qualquer coisa sobre indie argentino. A primeira banda que me chamou atenção foi ‘Él mató a un policía motorizado’. Nome longo e esquisito, como quase toda banda indie. Originários da cidade de La Plata, capital da província de Buenos Aires e berço dos Estudiantes, um dos maiores times da América do Sul, hoje são um dos maiores nomes dessa cena emergente na Argentina e de maior projeção aqui no Brasil, chegando a tocar por aqui algumas vezes, uma delas no festival El Mapa de todos, onde até dividiu palco com a Holger. E ainda freqüentou os palcos de outros países sulamericanos e festivais europeus como o Primavera Sound.

O som remete ao punk, com uma pegada mais lenta, e também ao noise. Já vi algumas comparações ao Sonic Youth, Ramones, bandas que provavelmente exercem grandes influencias neles. Além disso suas musicas são cantadas em espanhol, exatamente o que eu procurava quando fui ouvi-los, pois quando uma banda canta em inglês, na minha opinião, ela abdica quase completamente da identidade cultural de seu país e se torna mais uma banda com cara de americana. E não era isso que eu tava curioso em ouvir. Mas existem exceções, é claro, eu admito. Bom, ainda seguindo esse assunto, chamo atenção também pela simplicidade das letras, muitas vezes bem minimalistas, como em ‘Chica Rutera’, do EP ‘Un millión de euros’, que se resume em apenas dois versos.

“Espero que vuelvas, chica rutera”

A ‘El mató’ possui um disco homônimo lançado em 2004 e os EPs ‘Navidad de Reserva’ (2005), ‘Um millión de euros’ (2006), ‘Día de los Muertos’ (2008) e o recente ‘Mujeres bellas y fuertes’ (2012). Aqui no Brasil também há a coletânea lançada pela Senhor F chamada ‘El nuevo magnetismo’ (2012). Todo o material é fácil de ser adquirido pela internet. Só entrar no site deles (www.elmato.com.ar).

Por fim, indico alguns sites e bandas que, como esta, servem de porta de entrada à música argentina. Algumas delas são ‘Pietro viaja al cosmus com Mariano’, ‘Tobogán Andaluz’, ‘Los Jardines de Bruselas’‘Bondis’ (ou The Bondies), ‘Blien Vesne’, e a fantástica ‘Morbo y mambo’, que toca no Circo Voador dia 1º de Novembro, DE GRAÇA. Tudo pode ser encontrado em seus respectivos bandcamps ou no site (http://www.fuegoamigodiscos.com.ar/).

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